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HISTÓRIA DO AFOXÉ NO BRASIL

O afoxé teve origem na Bahia, como herança de diferentes povos africanos que chegaram ao Brasil na condição de escravizados.

O primeiro grupo de afoxé surgiu em 1885, em Salvador: o Afoxé Embaixada da África.

O Desfile de Afoxés, ou Cortejo de Afoxés, é uma expressão característica do carnaval baiano, com raízes vinculadas à religiosidade afro-baiana, e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial no Estado.

Na década de 1970, o afoxé também se popularizou no estado de Pernambuco. Lá, ele surgiu como instrumento de luta e de combate ao racismo, conforme conta Fabiano Santos, então presidente do Afoxé Alafin Oyó, em vídeo do canal Afoxés de Pernambuco.

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De origem iorubá, a palavra “afoxé” pode ser traduzida como "a fala que faz".

O afoxé tem forte vinculação com as manifestações religiosas dos terreiros de candomblé. Roupas nas cores dos orixás, cantigas em língua iorubá e instrumentos de percussão são algumas das características.

Para Goli Guerreiro, antropóloga e pesquisadora, os afoxés “podem ser descritos como ‘candomblés de rua’. Quase todos os membros dos afoxés se vinculam ao culto. Seus músicos são alabês, suas danças reproduzem as dos orixás, seus dirigentes são babalorixás (chefes de terreiro que dominam a língua iorubá) e o ritual do cortejo obedece à disciplina da tradição religiosa.”

Três instrumentos básicos fazem parte desta manifestação: o afoxé (ou xequerês), espécie de cabaça coberta por uma rede formada por sementes ou por contas plásticas; os atabaques, tipo de tambor alto e afunilado; e o agogô, formado por um sino único ou duplo, sem badalo, feito de metal e golpeado por uma vara de metal ou madeira.

A formação original do afoxé era composta por arautos (músicos anunciadores), guarda branca, rei, rainha, Babalotin, estandarte do afoxé (normalmente bordado a fios de ouro), guarda de honra e charanga (músicos que tocavam atabaques, agogôs, xequerês e afoxés).

Fonte: FERNANDES, Fernanda; Afoxé. In. MultiRio; Rio de Janeiro; Acessado em <https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/17562-afox%C3%A9>. Acessado em 24 de Novembro de 2022.

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